domingo, 21 de março de 2010

- Novo caminho -

Segundo companheiros, poderia chamar isso de medo.
Um choque entre várias ondas.
Medo do incompreensível.
Do aceitável que não fosse cabível.
Do que talvez me fosse perfeito.
Do momento que faltasse não caber.
Do momento que faltasse ser melhor que qualquer outro.
Dos olhos envenenados.
Eu só sei que foi algo que com certeza me fez sentir, enfim,
a paz...
Sim, mesmo lúcida.
Mesmo lúcida aquela paz me expandia o limite dos olhos.
Não foi o sentimento de simplesmente entregar-se.
Não foi o sentimento de planejar uma vida toda.
sim, mesmo lúcida.
Foi apenas o sentimento...
- O, não UM -
Me chamou, me gritou com qualquer força
- não todas, mas sim, qualquer força. -
QUALQUER.
Mesmo estando lúcida com toda aquela ventania.
Algo que não coubesse dentro de qualquer palavra, quaisquer caracteres...
Uma aflição.
Como ventania pela manhã.
Mesmo LÚCIDA!
Aquela paz me expandia o limite dos olhos.
Que então se enchiam de cores.
Era algo qualquer que tomava conta de qualquer tudo.
Força qualquer, que de alguma forma me trouxe, enfim, a paz.
Passava longe de ilusão.
Foi algo que me fez bem.
E agora o coloco aqui, sem figuras, sem arte, sem o que ele merecesse.
Simplesmente me fez... bem.
Sem arte.
Coloco-o aqui numa Ansiedade Morna!
Sem arte.
Sem o que ele merece ter.

Enquanto olhava a lua, e teus olhos através dela, que me mostravam uma dança de pétalas;
Não havia mais como fugir.
Coloco-os aqui sem o que eles merecem ter.
Olhos que me chamavam.
Hipnotizantes.
Coloridos.
Me chamavam.
Pulsavam.
Sobretudo dançantes.
Transbordavam paz.
E agora coloco-os aqui sem o que eles merecem ter.

Ele mergulhava em minhas últimas forças.
Cantava uma nova nascente à mente de sonhos bons.
E deixava-a preparada.
Transmitia todas as delícias que ninguém jamais provou.
Algo só meu.
Alimentava meu subjetivo.
Reconstruia minha arte.
Meus olhares.
Eram só dele!
Tons, irresistíveis tons,
Somente meus, alimentavam-me, com os dele.
Minhas delícias.
Imcompreensíveis e ao mesmo tempo íntimas.
Além disso, fraternas, e também, algo deliciosamente a mais.
Além disso, tudo ía além.
Ele brotava, era além-corporal. Para que caracteres...
Além-Transcendental?
E eram deliciosas as sensações.
Quem sabe?
Só minhas.
Quem sabe para quê.
para que... chamavam isso de medo?

Uma ansiedade morna,
cantarei todos os versos
aos grilos,
Somente aos Grilos.
Aos grilos que cantam através das folhas,
e me trazem alegria!
E a paz de um campo.
Deliciosa ansiedade.

sexta-feira, 12 de março de 2010

- Mais uma vez... -

Foi-se junto com o sol,
que a propósito, naquele fim de tarde ía com menos leveza.
Abandonava nossos olhos com mais rapidez do que de costume.
Quanto mais os olhos que o fitavam
brilhavam
mais
medo
ele sentia.
E então, fugia.
Vi-o a tempo de dizer adeus
tropeçando
minhas palavras
contra o tempo e jogando-as
com força
para que o alcançassem
e elas íam desesperadas alucinadas enquanto forçavam a esperança
Cheguei a tempo de vê-lo partir
mas não a tempo de que ele
percebesse
que eu, ineditamente,
me importava
com mais uma
partida.

Naquele fim de tarde tive mais certeza do meu destino singular.
As palavras então caíram e se espalharam pelo nada
Acabando com o pôr do sol.