sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Solombra.

Enjaulando cores num quadro submusical,
que um dia explodirá a quem queira pintar-se de luz com espectros de cores nas pirâmides oculares.
Como se fossem cavalos brancos cavalgando molhados, mergulhados no limite da curva empoeirada
e os marinhos furando as nuvens do mar na platina da voz das ondas
derramando veludo pouco a pouco, em mentes afetuosas
deslizando no mel do INverba-L
brilhando linguagens circulares - é o que é! - a Entitulada Criatividade.

Teclando estrelas, xilofonando suas caudas
tecendo doce na saliva.
Soprando leves penas na concentração
O foco dos anjos que nomeam a Eternidade.


..Então foi o barulho da cascata não te deixou entender muito bem...
Pois bem.

domingo, 12 de setembro de 2010

O Amor é o Pêssego de Deus.

Sendo a importância de uma coisa medida através do encantamento que a coisa produz em nós, choro um verso a quem muito me encanta; Digo que o que sol tem, tua alma duplica em teus olhos. Em seguida, dedico-lhe calorosamente um concerto de silêncio.


"Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em Orgasmo.
Se diz que:
O olhar do voyeur tem condições de phalo
(possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a fonte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme de carne grita.
E se abre docemente
Como pessego de Deus."

- Manoel de Barros.