segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Há quem se apaixone por anjos.

Após a chuva, permanecem poças na terra. E delas, só cabe-me dizer o indizível;
O bom é sentir a saudade ocupando espaço entre as pálpebras.
O bom é sentir o ar tomar esse gosto físico de sentir saudades.
Se o amor já era azul, celestiais alumbraram ainda mais seus tons.
Há quem se apaixone por anjos.
Repouso-me para ouvir tuas asas falarem.
Inebrio-me ao ver-te lá, aos ares.
Aqui, misturo passos, suspiros, saudades, e vou.
Vou humana, vou mulher.
Vou andando e vou amando.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Solombra.

Enjaulando cores num quadro submusical,
que um dia explodirá a quem queira pintar-se de luz com espectros de cores nas pirâmides oculares.
Como se fossem cavalos brancos cavalgando molhados, mergulhados no limite da curva empoeirada
e os marinhos furando as nuvens do mar na platina da voz das ondas
derramando veludo pouco a pouco, em mentes afetuosas
deslizando no mel do INverba-L
brilhando linguagens circulares - é o que é! - a Entitulada Criatividade.

Teclando estrelas, xilofonando suas caudas
tecendo doce na saliva.
Soprando leves penas na concentração
O foco dos anjos que nomeam a Eternidade.


..Então foi o barulho da cascata não te deixou entender muito bem...
Pois bem.

domingo, 12 de setembro de 2010

O Amor é o Pêssego de Deus.

Sendo a importância de uma coisa medida através do encantamento que a coisa produz em nós, choro um verso a quem muito me encanta; Digo que o que sol tem, tua alma duplica em teus olhos. Em seguida, dedico-lhe calorosamente um concerto de silêncio.


"Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em Orgasmo.
Se diz que:
O olhar do voyeur tem condições de phalo
(possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a fonte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme de carne grita.
E se abre docemente
Como pessego de Deus."

- Manoel de Barros.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Lo-Fi

Cronologia lo-fi é desvalorizar o tempo inventado por quem fabrica parâmetros, conta-gotas.
É a música transcendendo o tempo, é o Deus contra o Diabo
É tornar-se livre da hora do almoço e da janta
é a orquestra de rua guiando a vida.

ócio

O silêncio nos espera até quando a gente faz barulho.
Até quando os olhos cantam
uma nova nascente à mente de sonhos bons.
Sinto sede da nascente
o lápis na mão me conta - é insaciável
sei que é a saudade do velho novo caminho.

terça-feira, 4 de maio de 2010

--

essência atemporal.
BICHO DA ANACRONIA!

domingo, 21 de março de 2010

- Novo caminho -

Segundo companheiros, poderia chamar isso de medo.
Um choque entre várias ondas.
Medo do incompreensível.
Do aceitável que não fosse cabível.
Do que talvez me fosse perfeito.
Do momento que faltasse não caber.
Do momento que faltasse ser melhor que qualquer outro.
Dos olhos envenenados.
Eu só sei que foi algo que com certeza me fez sentir, enfim,
a paz...
Sim, mesmo lúcida.
Mesmo lúcida aquela paz me expandia o limite dos olhos.
Não foi o sentimento de simplesmente entregar-se.
Não foi o sentimento de planejar uma vida toda.
sim, mesmo lúcida.
Foi apenas o sentimento...
- O, não UM -
Me chamou, me gritou com qualquer força
- não todas, mas sim, qualquer força. -
QUALQUER.
Mesmo estando lúcida com toda aquela ventania.
Algo que não coubesse dentro de qualquer palavra, quaisquer caracteres...
Uma aflição.
Como ventania pela manhã.
Mesmo LÚCIDA!
Aquela paz me expandia o limite dos olhos.
Que então se enchiam de cores.
Era algo qualquer que tomava conta de qualquer tudo.
Força qualquer, que de alguma forma me trouxe, enfim, a paz.
Passava longe de ilusão.
Foi algo que me fez bem.
E agora o coloco aqui, sem figuras, sem arte, sem o que ele merecesse.
Simplesmente me fez... bem.
Sem arte.
Coloco-o aqui numa Ansiedade Morna!
Sem arte.
Sem o que ele merece ter.

Enquanto olhava a lua, e teus olhos através dela, que me mostravam uma dança de pétalas;
Não havia mais como fugir.
Coloco-os aqui sem o que eles merecem ter.
Olhos que me chamavam.
Hipnotizantes.
Coloridos.
Me chamavam.
Pulsavam.
Sobretudo dançantes.
Transbordavam paz.
E agora coloco-os aqui sem o que eles merecem ter.

Ele mergulhava em minhas últimas forças.
Cantava uma nova nascente à mente de sonhos bons.
E deixava-a preparada.
Transmitia todas as delícias que ninguém jamais provou.
Algo só meu.
Alimentava meu subjetivo.
Reconstruia minha arte.
Meus olhares.
Eram só dele!
Tons, irresistíveis tons,
Somente meus, alimentavam-me, com os dele.
Minhas delícias.
Imcompreensíveis e ao mesmo tempo íntimas.
Além disso, fraternas, e também, algo deliciosamente a mais.
Além disso, tudo ía além.
Ele brotava, era além-corporal. Para que caracteres...
Além-Transcendental?
E eram deliciosas as sensações.
Quem sabe?
Só minhas.
Quem sabe para quê.
para que... chamavam isso de medo?

Uma ansiedade morna,
cantarei todos os versos
aos grilos,
Somente aos Grilos.
Aos grilos que cantam através das folhas,
e me trazem alegria!
E a paz de um campo.
Deliciosa ansiedade.