domingo, 12 de setembro de 2010

O Amor é o Pêssego de Deus.

Sendo a importância de uma coisa medida através do encantamento que a coisa produz em nós, choro um verso a quem muito me encanta; Digo que o que sol tem, tua alma duplica em teus olhos. Em seguida, dedico-lhe calorosamente um concerto de silêncio.


"Proust
Só de ouvir a voz de Albertine entrava em Orgasmo.
Se diz que:
O olhar do voyeur tem condições de phalo
(possui o que vê).
Mas é pelo tato
Que a fonte do amor se abre.
Apalpar desabrocha o talo.
O tato é mais que o ver
É mais que o ouvir
É mais que o cheirar.
É pelo beijo que o amor se edifica.
É no calor da boca
Que o alarme de carne grita.
E se abre docemente
Como pessego de Deus."

- Manoel de Barros.

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